Em tempos de grandes investimentos para modernizar a agricultura portuguesa, é crucial tomar decisões informadas para apostar em culturas que ofereçam bons retornos financeiros. Entre as culturas que prometem um retorno significativo estão as oliveiras, reconhecidas pela produção de azeitonas e azeite de alta qualidade.
Origem: Planta nativa das regiões mediterrânicas, incluindo o sul da Europa, Ásia Ocidental e Norte de África, ou seja, climas quentes e secos.
Características gerais: A oliveira é uma árvore de porte médio, que pode atingir até 10 metros de altura. É uma planta perene, com folhas estreitas e prateadas que permanecem verdes durante todo o ano. A oliveira possui um sistema radicular profundo e uma copa densa. Para uma frutificação ideal, é recomendável cultivar várias variedades, pois a polinização cruzada pode aumentar a produtividade das azeitonas.
O fruto: O fruto da oliveira é a azeitona, que amadurece no outono. As azeitonas variam em cor do verde ao preto, dependendo do grau de maturação. Elas são colhidas para a produção de azeite ou podem ser consumidas diretamente, sendo valorizadas por seu sabor e propriedades nutricionais.
Variedades | Descrição |
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Arbequina | Variedade espanhola, de porte reduzido, precoce na entrada em produção e adaptada a olivicultura intensiva e superintensiva. Fruto pequeno, elipsoidal e ligeiramente assimétrico. Produz azeite suave, frutado doce e de baixa acidez. Tolerância moderada ao frio, podendo ser afetada por geadas intensas. |
Arbosana | Variedade espanhola, compacta, produtiva e bem adaptada a sistemas intensivos. Fruto pequeno a médio, de forma ovoidal e ligeiramente achatada. Azeite frutado e aromático, com notas de tomate e amêndoa. Boa resistência ao frio, superior à da Arbequina. |
Cobrançosa | Variedade portuguesa, de elevada rusticidade e boa adaptação a diferentes solos. Fruto médio, elipsoidal e simétrico. Azeite encorpado, com amargor e picante marcados e elevado teor de polifenóis. Resistência elevada ao frio. Destaca-se pela excelente resistência à gafa e boa tolerância à Verticilose. |
Cordovil | Variedade portuguesa, com boa adaptação a solos calcários e secos. Fruto médio a grande, elipsoidal e ligeiramente assimétrico. Azeite intenso, amargo e picante, com alta concentração de compostos fenólicos. Tolerância moderada ao frio. |
Cornicabra | Variedade espanhola, rústica e bem adaptada a ambientes difíceis. Fruto médio, curvo e em forma de corno. Azeite de perfil verde, com sabor forte e excelente estabilidade oxidativa. Boa resistência ao frio e às oscilações térmicas. |
Galega | Variedade portuguesa, muito cultivada em diversas regiões. Fruto pequeno a médio, ovalado e ligeiramente assimétrico. Azeite suave e de baixa acidez. Apresenta sensibilidade ao frio, bem como à salinidade e ao calcário ativo, preferindo climas amenos. |
Hojiblanca | Variedade espanhola, versátil e tolerante à seca. Fruto médio, esférico e ligeiramente achatado. Azeite equilibrado, com notas de amêndoa e ligeiro picante. Apresenta sensibilidade ao frio, não sendo indicada para zonas com geadas frequentes. |
Koroneiki | Variedade grega, ideal para climas quentes e secos. Fruto pequeno, ovoidal e simétrico. Azeite de frutado intenso, com excelente estabilidade. Apresenta sensibilidade ao frio, especialmente em zonas com geadas. |
Manzanilla de Cacereña | Variedade espanhola, de dupla aptidão (azeite e conserva). Fruto médio, esférico e de polpa tenra. Azeite frutado, com amargor e picante equilibrados. Resistência moderada ao frio. |
Picual | Variedade espanhola, muito vigorosa e produtiva. Fruto médio a grande, elipsoidal e com ponta bicuda. Azeite encorpado, com notas verdes e alta estabilidade. Resistência elevada ao frio. Apresenta boa resistência à Verticilose e à gafa. |
Verdeal Transmontana | Variedade portuguesa, rústica e adaptada a solos pobres e climas secos. Fruto médio a grande, elipsoidal e rugoso. Azeite frutado, com equilíbrio entre amargo e picante. Excelente resistência ao frio, ideal para regiões montanhosas. Mostra boa rusticidade geral, incluindo resistência a doenças fúngicas. |